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[Resenha] Dragon Slayer #35

Deus Máquina. Se ainda não conhece, você está "morto".

Deus Máquina. Se ainda não conhece, você está "morto".

Olá pessoal. É sempre uma honra fazer resenhas da DS para o Blog Tormenta da Vez, porém desta vez eu devo salientar que esta edição foi o ápice dentre todas as outras. Sim, a melhor edição da revista Dragon Slayer até agora é a número #35, a atual. Se você não sente o mesmo que eu, sente-se, leia e tire suas próprias conclusões.

Notícias do Bardo.

A enxurrada de lançamentos realmente assustou. A crise no mercado RPGísta está tão forte e massacrante que mais de sete títulos diferentes são lançados e pré-lançados com aceitação colossal e procura desenfreada. Talvez o ano mais movimentado que o RPG já teve. 3D&T, Vampiros, GURPS (#atéqueenfim), Violentina, The Shotgun Diaries, sucessos anunciados por suas editoras. Vai ter um dia em que falaremos para nossos filhos e fihas “– É meu filho, o RPG teve sua época de ouro…” e quando falarmos isso estaremos nos referindo a esse ano, 2011.

Encontros Aleatórios

As dúvidas estão fracas, o que é bom, pois significa que as pessoas estão mais empenhadas em ler os livros e re-ler os livros. Porém as “Falhas Críticas” andam meio falidas. Pessoal, é só mandar um email para a DS e divulgar as pérolas lendárias de sua mesa. E pessoal da Jambô, peguem algumas falhas lá do fórum de vocês, tem cada uma de matar um dragão de tanto rir. Detalhe: Adorei a volta do Anti-Paladino, agora o Palada toma jeito.

Reviews

Se tem uma coisa que o Caldela sabe fazer é escrever, e escrever bem. Isso se aplica a reviews também. Todo review desta edição (e de outras) se tornaram interessantes pelo o modo como o Caldela os expôs. Então vamos a eles…

– Sangue em Ferelden: Dragon Age nunca se tornou tão atrativo. O review deste livro me fez pensar em conhecer o cenário (além dos jogos eletrônicos), por seus nomes interessantes e remetentes ao antigo e saudoso D&D, por seus conceitos medievais firmes (anões nos subterrâneos, elfos nas florestas e blá blá blá…) e por sua grande influencia exercida pela a parte eletrônica da franquia. Vale apena comprar e se divertir com este novo módulo de nota “5”.

– Fiasco: Nunca foi tão bom se dar mal. O review de Fiasco ficou muito legal, e apresentou de uma maneira fácil e descontraída o sistema do jogo. A crítica sobre as “rédeas” do jogo também foi certeira e bem comedida, digna de um gentleman como o Leonel. Para quem leu o review, eu recomendo: Joguem. É o nota “6” do livro.

3:16 – Carnificina entre as estrelas: Se teve um jogo que me deu vontade incontestável de jogar foi 3:16. Adoro converter não-RPGistas para RPGistas e 3:16 se mostrou uma nova opção para mim (calma 3D&T, não vou abandoná-lo). A praticidade e a diversão em “matar alienígenas” antes que eles nos matem pode parecer muito atraente para alguns, e muito mais atraente para outros. Medalhas, recompensas, graduações, dinheiro, patentes, armas, domínio. O que mais esperar de um jogo futurista ? Tirando os erros de tradução e concordância, nada. Nota “5” e troféu joinha.

– As Cavernas da Bruxa da Neve: O mestre Ian Livingstone sempre me cativa com seus livros jogos. E segundo o caro Leonel vai continuar me cativando. Claro, já vamos sabendo que iremos enfrentar masmorras congeladas, monstros malditos e outras coisas a mais no caminho. Porém o que me intrigou foi a exclamação feita por Leonel sobre o final, será que desta vez terminaremos a aventura sem que o reino dê uma festa em nossa homenagem ? Talvez sem um membro do corpo, ou com a alma aprisionada ? Bem, para um livro nota “5” vale apena comprar e descobrir.

– Ledd Vol. 1: Enfim chegamos no meu review preferido, Ledd. A promessa de uma nova HQ no mundo de Arton deu certo. Ledd é um grande sucesso dentro e fora do meio RPGístico. O seu primeiro volume impresso mostra o empenho de duas grandes figuras, J.M. Trevisan e Lobo Borges. O quadrinho conta a história de Ledd, um jovem sem memórias preso na maior e mais segura prisão de Arton, a Fortaleza Hardof. Lá ele conhece o Ripp, um mago gordo e careca que faz magias a partir de pelos (que ironia, não ?). Juntos eles conseguem fugir da prisão e são perseguidos pelo o maligno e poderoso Coronel Barba Branca, que aparenta ser uma espécie de Licantropo (que segunda as lendas é a cara do gato do Trevisa…), e como se não bastasse, outros amigos entram na trama e cativam nossos corações como o grande Horlogh que tem suas falas eternizadas como: “-HORLOOOOOOOOGH !”. Vale apena ler essa nova série e o melhor, você pode lê-la de graça no site http://www.leddhq.com.br ! Passa lá, vai !

Sir Holland

Quando acho que ele tomará coragem e se tornará um guerreiro épico, ele consegue frustrar minhas expectativas. Bem, talvez na próxima.

Toolbox

Horror. Leonel Caldela volta nos encantar com seus dotes literários. O terror parece estar na moda nesta temporada de RPG. Temos jogos de zumbis brotando como capim, Cthulhus chamando os outros lá e cá, e ainda Vampiros retornando das cinzas ou tornando-se cinzas em um louco réquiem. É evidencial, o terror está na moda. Mas como podemos criar climas de terror “verdadeiro” em nossas mesas ? Como assustar os nossos jogadores em sessões de jogos aos sábado à noite ? Como fazer aquela cena de terror se tornar um horror verdadeiro ?

Caldela explora vários detalhes e sugere várias dicas para melhor utilizar essa emoção. Gostei da maneira como a técnica de “tacar medo” foi explicitada e da maneira que ele mostrou os empasses de utilizar tal tema em suas mesas.

Horror

Ainda não está com medo ? Calma, o tio Caldela te ajuda...

Mestre da Masmorra

E como sempre a dupla dinâmica mostra que sabe trabalhar em equipe. Gustavo Brauner chega atacando nossas mentes com um artigo super interessante sobre como envolver os seus jogadores aos sentimentos dentro do jogo, na série “Criando Clima”. Fica evidente que esta matéria veio casar com a matéria sobre “Horror” do Caldela, e serve perfeitamente para auxilia-la. Afinal, como sentir o terror em uma seção se você não consegue sentir vínculos com os PNJs ou até com os PJs que jogam com você ? Fica na mão do mestre construir climas psicológicos e ganchos emocionais para motivar e exercitar os personagens a ter uma nova experiência com sentimentos in game. Novamente parabenizo o Brauner, suas matérias sempre me inspiram.

Ledd – Matéria

Não vou me aprofundar muito nesta parte pois já falei o suficiente no review, porém fica meus parabéns a equipe que escreveu a matéria e que fez a entrevista com o J.M. Trevisan. As imagens coloridas e o nova criatura (Carrasco) ficaram perfeitas, parabéns.

Deus Máquina – Matéria

Em toda a história da minha vida somente três cenários me cativaram totalmente: Tormenta, Spira (Final Fantasy X e X-II) e Warcraft (toda a franquia). São cenários férteis e de temáticas maravilhosas. Porém, depois de O Caçador de Apóstolos e Deus Máquina, eu já não sei em que posição os cenários se encontram. A complexidade do cenário criado por Leonel Caldela me cativou de uma maneira sem igual. Rainhas mágicas, reinos em guerra, opressão religiosa, medieval e tecnologia. Depois dessa tenho que dizer… “Pow, Bill Gates, inventa alguma coisa, cara…”

Deus Máquina, continuação e conclusão d’O Caçador de Apóstolos, conta a história de um mundo movido por opressão. A igreja monopolizou tudo o que é conhecido e impera de maneira opressiva sobre todos os seres vivos, dizendo ser a vontade de Urag, o Deus. Por outro lado, rebeldes lutam pela a liberdade e descobrem segredos antes ocultos pela a igreja para manter seu domínio sobre o povo. Magia oculta, fé falsa, cavaleiros e bombardeios, sangue e furor. Nunca tive tanto medo da igreja.

De presente, nesta edição vem novas classes, novos objetos, novas raças e a ficha dos personagens mais marcantes da série para Tormenta RPG.

Mais uma vez, Caldela, meus parabéns. E essa matéria só poderia ser uma parceria do Leonel com o Guilherme Dei Svaldi (a outra dupla dinâmica). Vale a pena ler “Deus Máquina”.

Fairy Tail – Adaptação

Se você gosta de Fairy Tail, vai gostar desta adaptação para 3D&T Alpha. Até mesmo quem não conhece o anime/mangá irá se maravilhar (seja pela a história ou pela as imagens…), e com certeza sentirá vontade de jogar uma partidinha. Não faz muito o meu tipo, porém para quem gosta de aventura, gatas semi-nuas, magias e muuuito fogo, Fairy Tail é a melhor pedida.

Gazeta do Reinado

Já disse que essa é a minha parte favorita da revista ? Vamos listar os novos acontecimentos (porém sem dar detalhes…)

Visita Inocente ou Ameaça Disfarçada ? Uma comitiva diplomática da Liga Independente foi recebida pela corte real de Tyrondir.

Calvário do Pregador ! Barbaruss, o herege, é libertado por aventureiros e foge em direção à União Púrpura.

Ameaça à Rainha-Imperatriz ! Rainha-Imperatriz Shivara Sharpblade recebe uma ameaça de morte num bilhete em seu quarto.

Tamu-ra Vive ! A ilha do Império de Jade volta a ser explorada e preparada para a recolonização. Recompensas à vista.

Cinzas em Khubar ! Vulcão Traklinn Klee desperta pela primeira vez e pode destruir toda a ilha de Khubar.

Paraíso Endiabrado ! Vilarejo em Sambúrdia enriquece repentinamente após a chegada de novo prefeito. Vilarejos próximos estão contratando aventureiros para investigar.

Notícias do Corvo ! Raveen Blackmoon volta a aparecer nas tavernas de Valkaria. Uma nova aventura se inicia ?

Sangue em Ferelden – Matéria

Nesta seção, três sementes de aventuras no mundo de Thedas são lançadas em seu solo fértil chamado “mente”. Basta rega-las com criatividade e colocar uma boa dose de empenho e tão logo elas florescerão em sua mesa de jogo. Segue a lista de “sementes” disponíveis nesta edição.

– O Sono Tranquilo dos Inocentes.

– É Tudo Roubo.

– A Peregrinação da Irmã Pedra.

Fundo do Baú

Ah Tagmar ! Veterano da tal “Era de Ouro” do RPG, que aconteceu segundo eles no início da década de 90. Tagmar pode bater no peito e dizer que foi o primeiro RPG desenvolvido inteiramente no Brasil. Rejeitado em alguns momentos por dizerem ser uma “cópia” AD&D, porém muito simples e divertido no que diz respeito a liberdade de criação.

Não tenho do que reclamar sobre o Tagmar. E a crítica feita pelo o Gustavo foi bem legal, apresentando as falhas e os acertos da editora de uma maneira suave. Eu aconselho ao novatos que busquem os módulos do Tagmar e joguem. Ficará muito mais fácil entender os outros cenários e suas temáticas fantásticas.

Considerações Finais

A melhor Dragon Slayer ? Sim, com certeza. A matéria sobre Deus Máquina fez minha mente explodir em inspiração. E é nesse tom de maravilhamento que eu me despeço e recomendo: COMPREM ESSA EDIÇÃO ! Vocês não vão se arrepender !

Poder a Todos !

Autor: Pedro “Kally” Maia

Revisão: Lorde Dornelles